Resumo: Os anos 90 podem ser caracterizados, no âmbito da saúde, pela implementação de diversas mudanças que buscam ajustar o setor às exigências da nova ordem econômica globalizada. O Brasil não foge à regra; neste período tem surgido diversas modalidades de gestão nos serviços de saúde. Em particular, proliferam as denominadas cooperativas de profissionais de saúde. Observa-se que a multiplicação dessas experiências se acentua em um contexto que emerge a discussão acerca da Reforma Administrativa do Estado Brasileiro. Além de ser quase que consensual entre os gestores a incorporação de diferentes vínculos de pessoal no serviço público orientados por uma nova política de Recursos Humanos. Considerando a relevância que essa modalidade assume atualmente quando são contratados pelos serviços públicos e partindo do pressuposto que as cooperativas de profissionais de saúde enquadram-se no segmento cooperativista do trabalho, tem-se como objetivo analisá-las como prestadoras de serviços, inseridas no contexto citado, com base nos subsídios do cooperativismo. A pesquisa de campo se restringiu às Cooperativas (COOPERAR, COOPASS E COOPSAÚDE) contratadas pelos serviços municipais e estaduais do Rio de Janeiro e do Hospital Geral de Nova Iguaçu.
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